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Baú de ideias malucas de Rubens Torres
Esta é uma crônica de colagem. Fiz uma pesquisa com termos sobre amor e saudade nos blogs de amigos que acompanho e com os resultados construí essa história. Uns 85% do conteúdo é de autoria deles, o restante foi completado e costurado por mim. Espero que gostem do resultado, eu achei fantástico.
Saudade e amor
Hoje bateu uma saudade.
Saudade. Palavra que só existe no português... ah! E eu ouvi há não muito tempo que saudade não é exclusividade nossa. Recentemente, uma pesquisa entre tradutores britânicos apontou a palavra "saudade" como a sétima palavra de mais difícil tradução.
Por que estou escrevendo sobre saudade? Senti saudade, só isso. Não existe nada para ser falado neste momento... mas só de falar nela já dá aquela saudade né?
Eh, de repente a saudade chegou... e a saudade, moço, que é que a gente faz com a saudade, com o buraco no peito?
Há um ano começava o planejamento da minha melhor aventura!! Baita saudade! (Saudade essa que não me deixa e só cresce a cada dia)... saudade da Lilo, Cacá, Dê, Ib, Vicky, César, Charles na 'baladinha do Market Place' aonde rolou até Algodão Doce no Carrossel... Da Nati no Xingú, de um montão de gente do Ultra, enfim... momento nostalgia... ainda bem que sempre tem a internet, a webcam e o telefone pra matar a saudade. Saudade de você... eu estava aqui pensando em fazermos uma reunião aqui no meu apartamento. Ai, amigo, só de pensar nessa viagem pra Floripa e o quanto nos divertimos, eu choro de saudade. Embora não creias, sempre passo por aqui para recordar. Nossa tu tá do outro lado do mundo e te adooooooooooooooro! Ninguém merece morrer sem ver o outro lado do mundo, né? Mas você também está guardado no meu coração! Ai que saudade de jogar desodorante spray em você... não tem graça jogar spray na Alessandra... ela sempre desmaia com o cheiro...
Sinto saudade do meu tempo de criança... Quando os problemas nem existiam. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade dos bolinhos de chuva e das canaletas construídas na areia encharcada da madrugada. Saudade de dançar numa 'sala de reboco', saudade dos meus cães (A saudade dos cachorros foi claramente demonstrada com lambidas, patadas...)... também muita saudade do meu velho ídolo Tim Maia! Que saudade imensa da minha irmã. Também a amo muito. Ok, ok, foco nas sensações...
Me disseram que saudade é o amor que fica e que acontece muito quando uma pessoa que devia estar perto está longe.
Sentir saudades é pensar nos doces e deliciosos momentos de amor. Mesmo os que não existiram mas a gente quer que existam um dia. Saudade de saber que tem alguém ali, que existe só pra você e de acordar dando beijo sem se importar com o gostinho ruim. Mas amar dói, porque é inevitável que você sinta coisas como ciúme, angústia, saudade...
Você ama alguém? Eu pergunto aqui do amor homem x mulher (ou do amor homem x homem, mulher x mulher...). Essa coisa de saudade me recorda o amor mais puro que eu já conheci. Oh, meu Deus! Eu vou sentir saudades dele. Ainda não posso imaginar a vida sem ele. Mas eu acredito que Deus vai ajudar. Queria apenas mais declarações de amor...
Vou contar uma coisa. Uma história de amor. Que me contaram. E agora eu vou contar. Os dois viveram um amor proibido. Moravam em alas separadas em um asilo em La Paz, na Bolívia, quando se conheceram. Queriam conhecer lugares novos, aprender coisas novas, enxergar outros azuis. Mas não se declararam, pois quando se declara um amor, a responsabilidade nisso é tão grande! Na década de 40, por exemplo, era charmoso os casais apaixonados se declararem envoltos numa nuvem de fumaça enquanto trocavam juras eternas de amor. Mas eles não poderiam assumir essa responsabilidade naquele momento.
Às vezes perdemos um tempo enorme e precioso na vida, atrás de um carinho e amor, que aquela pessoa não pode te dar.
“Resista...” – é o que um deles pensava diariamente.
“Existe amor a primeira vista...e existe desamor também a primeira vista... lembre-se do anjo que largou tudo pra viver um amor e acabou sozinho!” – era a angústia do outro.
“Ela era um amor de pessoa e estava sempre sorrindo, mas voltei a viver minha vida, achando que esse meu amor platônico não passaria de um amor platônico mesmo”.
Tem amor que sem dúvida é pra ser vivido, sentido, com todas as suas forças... Mas tem amor que você sabe que não é pra você, mas mesmo assim insiste em sentir. O amor é aprisionamento da paixão. Para o bem e para o mal. Sábios eram os gregos, que possuíam quatro verbos para falar em amar: erao, ligado estritamente ao amor erótico; filéo, o amor de amizade, de querer bem ao outro, de gostar; agapao, o amor ligado à satisfação de um desejo; e, finalmente, stergo, o amor cujo impulso básico é a proteção do outro.
A primeira vez que pensei sobre o amor foi exatamente porque questionei sobre se o que eu sentia era realmente amor. O amor, mesmo no auge da paixão, às vezes nos foge. Quando estamos amando, é óbvio que estamos utilizando o conceito de amor que temos dentro da nossa alma. E cada um vai ter que descobrir sozinho. É um mistério a ser decifrado! Alguém para decifrar pra mim? Agradeço muitíssimo e dou uma Paçoca Amor em retribuição.
O amor é presença perene no coração. Há ocasiões em que dói, como se o coração fosse comprimido pela mão da ausência. Ele tem que se fazer por merecer.
Questiona Charlie em uma das tiras dos Peanuts: "mas o amor não existe para fazer a gente feliz?" Nem sempre, Minduim, nem sempre. Na vida e no amor, não temos garantias.
"Buscar amor é buscar um novo começo, um novo ponto de partida na vida" – diziam os dois apaixonados. A história sem fim... Vamos assistir juntinhos este hino ao amor? Sem final trágico! Ainda não acabou...
Essa história de amor, de saudade... Sinto amor, sinto dor... sinto tudo. Socorro! - ... Preciso de tudo um pouco, há uma sede infinita em mim de amor!! Devo ter nascido do amor que há entre Deus e o Diabo. Ah, que ninguém me dê piedosas intenções, ninguém me peça definições! Ninguém me diga: "vem por aqui"!
Amor não é tudo em uma relação. É completamente necessário, mas não se consegue viver apenas por amar.
Mas amar é muito bom! E quanto ao amor, não que nós dependemos de alguém, mas acho que a vida sem amor é sem graça. Não tem coisa melhor do que sentir arrepio cada vez que pensa na pessoa… ahhhh A.D.O.R.O!!!
Lembro daquele dia (que só fui porque meu amor é o melhor e confio nele) quando minha mão se fez suada em tua presença... Teus olhos, até então invisíveis, se mostraram presentes, marcantes em minha vida. E continuam, até hoje. Como os olhos de um cachorrinho. Quem tem cachorro e cultiva amor diariamente por ele, sabe do que falo. A noite inteira minha cachorrinha fica "chororô". E eu também.
Quanto às personagens da história que contei desejo-lhes de coração uma vida repleta de paz, amor e alegria!
Quanto ao que eu sinto, é o amor que ele faz brotar em mim, que ele planta em mim, que me mantém vivo, respirando.
Saudade...
Blogs consultados: Nadja, Rosana, Evandro Santo, Sheila, Rebiscoito, Inagaki, Auki, Gleydson, Kika, Laura Gianini, Sol e Mulher 7x7.
Crédito da foto: Negateven - Portal Olhares
Aguardo o fim da chuva.
Seguia tranquilamente meu caminho quando começou a chover e tive que me esconder sob um canto de uma velha casa. O espaço é mínimo, consigo apenas proteger meu rosto e parte do meu ombro. Minha cabeça está encostada numa velha parede descascada e com os tijolos à mostra.
E a chuva só aumenta. Observo-a. Vejo como ela molha os carros, cria rios entre as ruas, molha as árvores do terreno baldio e umedece as paredes das casas e prédios. Entre um prédio e outro vejo ao longe a serra e como a chuva embranquece toda aquela paisagem. E esfria, esfria muito, principalmente por causa do vento.
O vento rasga meus braços que estão cruzados e os molha com as violentas gotas de chuva. Algumas pessoas passam correndo. Algumas passam tentando equilibrar e proteger seus guarda-chuvas da ação da tempestade. E meu corpo está cada vez mais molhado. Minhas calças estão completamente ensopadas, meus pés estão congelados e mergulhados em uma piscina que se formou em meus sapatos.
Deveria reclamar. Meu tempo é curto, eu tinha pressa antes da chuva. Mas a chuva me modificou. Não consigo achar ruim a situação toda. Ao contrário, ali está somente eu e a natureza, eu e o universo. Há muito tempo não ficávamos juntos. O frio, o desconforto e o tempo que passava me fez perceber como era bom não sentir frio, não sentir desconforto e ter tempo, coisa que antes não valorizava.
Alguém grita: "Corre daí!". Uma vizinha grita: "Esconde aqui!". Eu sorrio, apenas. Não quero perder esse momento, principalmente agora que começou a cair granizo. Agora sim, meus braços sentem uma dor maior e um frio mais profundo. Eu preciso respirar fundo. Nesse momento nem meu rosto está livre da ação da chuva. Deveria reclamar, deveria ansiar por uma cama quentinha e um chocolate quente ou um café bem forte. Mas não, isso eu já tenho em casa. Eu sei que minha casa continua no mesmo lugar, juntamente com todas as minhas coisas e pessoas queridas. E sei que a chuva irá passar. Então, prefiro aproveitar o momento, essa sensação rara que, apesar de gerar desconforto ao corpo, reconforta o espírito.
Olho para as plantas do canteiro e imagino a felicidade delas e quanto tempo elas devem ter esperado por esse momento. Para elas não importa que algumas de suas folhas serão arrancadas e quebradas, o que importa é que continuarão vivas. A chuva lhes dá a oportunidade de viver. E eu também quero sentir essa mesma sensação, quero sentir a água da chuva não como uma maldição, mas como uma benção. Quero renovar meu corpo e renovar meus dias. Quero ser e estar com a natureza.
Mas o que mantém o sorriso em meus lábios é alguém que eu conheci sem conhecer. Meu coração arde em chamas e aquece todo meu corpo. A chuva já não provoca mais desconforto, muito pelo contrário. Ela me faz pensar em alguém que, definitivamente, não conheço mas, mesmo assim, conheço. Minhas mãos se lembram das mãos dessa pessoa e de seu calor, mesmo que eu nunca as tenha apertado ou acariciado. Meu nariz sente o cheiro doce de seu cangote e cabelos, só que eu também nunca os cherei ou acariciei. Enfim, a chuva me trouxe lembranças que nunca tive.
Mas a chuva deseja que eu as tenha. Quer que eu as produza. Ela quer me carregar em sua correnteza, junto com as folhas velhas e as sacolas de supermercado. Ela quer que eu derreta todos os granizos com o calor de meu coração. Ela quer mudar de estado, quer evaporar e se tornar plenamente livre pelo ar. A chuva precisa de mim e do calor que há em meu coração. E eu preciso dela e de sua ação tranformadora.
Sim, não há mais tempo a perder com medos e inseguranças. É preciso ser forte e ter coragem. Eu preciso me soltar das nuvens e cair em direção à terra do meu destino. Tenho muitos solos a fecundar, essa é minha missão e deveria ser a missão de todo Homem da Terra.
Porque depois de tudo vem o sol. O calor do sol. A plenitude dos raios solares. Aí sim estarei pronto para também mudar de estado e me tornar vapor. A vida deve ser isso, um ciclo infinito que durará enquanto não findar.
Falando nisso a chuva já passou. A luz do sol atinge em cheio meus olhos, que lacrimejam de felicidade. É hora de voltar ao mundo. É hora de gozar da renovação e da purificação da alma. É hora de seguir a estrada que me leva até aquela pessoa. Aquela pessoa que desejo todo o carinho do mundo e que vive em mim há muito tempo.
É hora de conhecer o desconhecido. De ver com os olhos da carne o que os olhos da alma já viram há muito tempo...
Minha nova campanha:
Portabilidade é tudo! Simples assim!
Participe você também dessa ideia!
...
Diz-me com quem andas... Parte 01
Eu gostaria de prestar uma pequena homenagem aos meus grandes amigos. Muitas pessoas passam em nossa vida e se vão, mas umas poucas ficam para sempre, mesmo que a distância geográfica tente nos separar.
Vou falar um pouco de pessoas que me marcaram profundamente. Nós compartilhamos alegrias, tristezas, dúvidas, DVDs, revistas e muito mais... São especiais! Não existem palavras capzes de os descrever, mas a gente tenta.
Beto Souza
O Roberto é meu melhor amigo desde a primeira série. Isso tem 18 anos. Nossa amizade já atingiu a maioridade, apesar de continuar tão infantil como sempre foi. Na verdade nos conhecemos na barriga de nossas mães, elas trabalhavam juntas no mesmo lugar e eram amigas quando estavam grávidas de nós. Eu nasci primeiro, no final do mês de agosto. Ele veio um pouco depois, em janeiro. Nossa amizade foi desenvolvendo como uma árvore. No começo éramos apenas bons colegas, com o tempo fomos descobrindo afinidades e passamos a trocar alegrias e tristezas. Somente no final do milênio é que nossa amizade começou a deixar de ser apenas um arbusto e tomar a forma de uma árvore. Hoje em dia ela já está frondosa e faz muitas sombras.
Ele não tem um gênio muito fácil, mas eu também não. Nós adoramos cinema e sonhamos em trabalhar na área algum dia. Assistimos muitos filmes. Ele me empresta muitos DVDs e eu empresto muitas revistas pra ele. Em 98 eu ganhei um CD do filme Godzila por causa de um concurso e como eu não tinha aparelho de som na época (e ainda não tenho...rzz) emprestei pra ele sem nem ao menos ouvir. Depois ele me emprestou o jogo de xadrez dele que ele nunca havia jogado. Até hoje nenhum dos 2 devolveu o empréstimo, mesmo que ele não ouve mais o CD e eu não jogo mais xadrez, mas sem problemas. Adoramos esse empréstimo consignado. Até 2005 não tinhamos outros amigos em comum (até tentávamos ter, mas as crituras que o Beto tinha amizade na época eram constrangedoras...rzz) e a partir desse ano resolvemos mudar a situação. A árvore começou a dar frutos. Nos matriculamos em um cursinho pré-vestibular e lá conseguimos conquistar diversas amizades. Algumas não foram muito longe, mas outras continuam até hoje.
Nossa maior alegria foi poder dizer: "Temos uma turma!" Aí foi só farra, festa e bagunça. O Beto adora uma festa. Ele é uma FESTA. E festa pra ele basta ter umas 3 pessoas, cerveja e um som que já tá valendo. Mas o que ele curte mesmo é ser promoter dessas festas, organizar, preparar e convidar os amigos. E cozinhar! Adora fazer de um tudo na cozinha, mesmo estando num eterno regime para perder peso. Sua especialidade é o Caldo de Feijão, mas rola muita pizza, torta, empada e muitas outras coisas que ele vai aprendendo a fazer. E é sempre muito bom. E é a salvação dos finais de semana sem grana, quando todos tão sem grana pra sair a gente junta os tostão que tem e compramos ingredientes pra ele fazer alguma coisa e compartilhar na casa de alguém.
E quando estamos todos reunidos é uma felicidade sem fim. Piadas, teatro, música, dança, bagunça, jogos de tabuleiro e no final tem sempre aquele momento de zapear a TV em conjunto atrás das bizarrices da madrugada.
Falando em bizarrices, nós já passamos por tantas, mas tantas, que fica difícil escolher uma. Mas uma é inesquecível, teve uma época em que trabalhávamos juntos em uma empresa e pra não ficarmos conversando o tempo todo e o chefe dar bronca, a gente ficava falando pelo ICQ. Detalhe: nossos computadores ficavam um do lado do outro. Pelo ICQ a gente destilava tanto veneno comentando dos micos dos nossos chefes e das pessoas que frequentavam a agência, que não sei se iremos mais para o céu. Tinha um cara que trabalhava com a gente e tudo o que você falava para ele, ele concordava. Era um saco. Um dia, pelo ICQ, eu e o Beto colocamos em prática um plano maldoso. Aproveitamos que esse rapaz estava perto de nós e começamos a falar de diversos assuntos, só que se eu dissesse que gostava de um filme o Beto dizia que não gostava, enquanto a gente perguntava para o pobre rapaz o que ele achava. Foi mais ou menos assim:
ICQ Rubens: beto, diz pro fulano q vc gosta do senhor dos anéis
Beto: sabe fulano eu adoro o senhor dos aneis, e vc?
Fulano: aahh eu adoro também, filme muito bom, muito bom
ICQ Beto: rubens, agora diz pra ele que você não gosta
Rubens: fulano, eu não gosto do senhor dos aneis, você não acha muito fantasioso
Fulano: eh verdade, ele não é muito bom, tem isso mesmo
Beto: mas ele é a melhor adaptação da literatura, vc não acha q isso faz dele um bom filme?
Fulano: é verdade, é verdade, ele é mesmo um bom filme
Rubens: mas ele força muito nas cenas, vc não acha?
Fulano: é verdade, ele força, não é mto bom
ICQ Rubens: rzz... a gente não presta!!!!hauahuha
ICQ Beto: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
E fomos longe nessa brincadeira, o coitado do rapaz quase fundiu a cuca. Mas não foi maldade nossa, é um porre a pessoa não ter opinião própria, nosso objetivo era ver se o cara se tocava. Mas não conseguimos...rzz
Enfim, minha amizade com o Beto eu tenho certeza que será eterna. Mesmo quando a gente brigou (e foram poucas vezes) rapidamente voltamos a nos falar pq um depende do outro pra compartilhar nossas loucuras.
Falando em loucura, sempre que saímos para algum lugar sempre aparece um louco ou bêbado pra falar com a gente. É incrível isso! E nós sempre damos corda...rzz Acho que existe uma identificação entre os loucos e a gente.
Marcelo Garcia
A minha amizade com o Garcia começou naquele cursinho que falei acima. Foi um dos primeiros da nossa turma. Ele entrou para o cursinho no meio do ano, lembro até hoje do seu primeiro dia. Ele chegou de cabeça baixa e sentou no fundo da sala. Eu e o Beto ficamos com pena da pequena criatura e procuramos uma aproximação que foi bem sucedida. Adoramos o Garcia logo de cara. Ele é muito engraçado e muito brincalhão. Mas também muito preguiçoso e leeeeeentoooooo... É um amigo que topa qualquer parada. Não é bom em dar conselhos mas se vc precisar de alguém pra fazer qualquer maluquice ele topa na hora. Adora dar tchau para pessoas estranhas quando está dentro do carro (e manda recados também, deixando as pessoas com cara de "será que é comigo?), quando bebe baixa um santo nele que ninguém segura, é capaz de correr gritando numa rua deserta de madrugada e adora cantar músicas dos power rangers e da Xuxa em locais públicos. É preciso ver esse pequeno pônei pra tentar entendê-lo. Se vc estiver deprimido chame-o para sair com você, vc ficará com dor na barriga de tanto que vai rir.
Ah, ele também adora quedas. Principalmente se for dos outros. E as pessoas sempre caem perto dele. Mas é incapaz de socorrer o indivíduo porque ele inicia uma crise de risos infinita. Mas ele é uma boa pessoa, no dia-a-dia é bem calmo, sossegado, como dizem. Mas sossegado até demais. Pra marcar um compromisso com ele vc precisa mandar ele vir umas 2 horas adiantado, sem ele saber. Pq ele atrasa demais. Nem mulher demora mais do que ele para se arrumar. É uma hora só de banho. Adora banho mas odeia chuva. Se vc pretende sair com ele e começar a chover, esquece. Ele não vai nem amarrado. Nessas horas ele é igual ao Cascão (e mesmo na aparência física ele lembra o Cascão...rzz). Mas também adora limpeza, é difícil convidar ele pra fazer qualquer coisa aos sábados ou feriados à tarde. Ele sempre está limpando a casa. E sempre está arrumando o guarda-roupa. Sempre! E leva horas nessas atividades. Também não conte com ele no horário da fórmula 1. É incapaz de perder uma corrida e sabe tudo sobre a temporada e sobre Fórmula 1.
Uma loucura que a gente fez? Tem essa gravada em celular de pobre:
Você no Foco - Entrevista Marcelo Garcia Detalhe: a apresentadora é o Beto...rzz
Falando em loucura, sempre que saímos para algum lugar sempre aparece um louco ou bêbado pra falar com a gente. É incrível isso! E nós sempre damos corda...rzz Acho que existe uma identificação entre os loucos e a gente.
Sílvia Lopes
Eu conheço essa moça de escorpião a mais tempo que conheço o Beto, porque a gente também fez o pré-primário juntos. Mas passamos muuuuitos anos apenas como bons colegas. Nunca na época da escola nós compartilhamos uma amizade de verdade. Fora do colégio fizemos curso de informática na mesma escola e aprendemos a usar CorelDraw e PageMaker juntos. Aí começamos a ficar mais amigos, mas ainda assim sem muita dedicação.
Eu lembro que a gente fazia algumas idiotices, tipo perder uma sexta feira inteira escaneando uma revista com um scanner de mão pra só depois de muita insistência assumir que aquilo tava virando uma bosta. Isso aconteceu entre 1996 e 1997. Nos achávamos demais por ter acesso livre à internet no curso as sextas feiras. Mas a nossa amizade só veio brotar de verdade uns 6 anos depois, quando a gente já havia terminado o ensino médio.
Eu estava desempregado, tinha acabado de desistir da faculdade de história por não ter dinheiro e desanimado. Aí encontrei com ela por acaso na rua (lembro até do local). Ela estava fazendo serviço social e trabalhando numa empresa de marketing. Falei que estava procurando emprego e que me tinham informado que havia um lugar que contratava pessoas para fazer pesquisa. Era o mesmo lugar onde ela trabalhava! Ela então me indicou ao dono e logo comecei a trabalhar de pesquisador. Era temporário, apenas em fins de semana, mas ajudou bastante naquela época. A Sílvia então começou a me indicar ao patrão dela, elogiou meu trabalho e tentava convencer ele de que estava atolada de trabalho e precisava de ajuda. Tanto insistiu que conseguiu. Ele me contratou e, eu e a Sílvia, comungamos finalmente nossa amizade (esse é o mesmo emprego que trabalhei com o Beto e que citei acima, o Beto entrou no lugar da Silvia quando ela processou o patrão...e ele ficou até processar o patrão tbém... só eu não processei esse patrão... ainda...rzz). Eu fiquei muito feliz porque seria a primeira vez que trabalharia com algo que eu gostava e sentia prazer, que era o trabalho de designer gráfico e webdesign. Aprendi muito nessa época e a Sílvia sempre esteve do meu lado me ajudando. Divertíamos o dia inteiro juntos e compartilhávamos nossas alegrias e dores (principalmente a dor da falta de pagamento, pq nosso chefe querido só nos pagava atrasado, muito atrasado... enfim, nada é perfeito...).
Nasceu uma confiança muito grande entre a gente, ela dividia tudo comigo, me pedia conselhos, chorava no meu ombro, ríamos juntos... era uma festa. Se não fosse nossa amizade e com o estresse em que era o ambiente de trabalho, nós não teríamos continuado por ali. Mas um passou a modificar o outro. Eu comecei a mudar e ela também. Foi mágico acompanhar todas as mudanças da vida dela. Resumindo como foi: quando iniciamos nossa amizade ela namorava um rapaz havia anos, em um ano ela largou dele, descobrindo o quanto ele era canalha, curtiu a vida de solteira, achou o amor da vida dela, namorou, engravidou e caso, tudo isso sempre sob minha orientação tarológica...rzz
A gravidez dela não foi minha culpa, tá certo que só aconteceu depois que eu li pra ela que isso PODERIA acontecer, através do tarô. Se ela levou ao pé da letra foi decisão dela e só...hauahuha. Enfim, tudo isso foi um grande presente p/ ela, a filha dela é linda e tá enorme. Ela já é uma assistente social, trabalha na área, tem um lar maravilhoso e continua estudando e com muitos sonhos. Infelizmente, não estamos tão próximos como antes, mas sempre que dá vou na casa dela. Aí ficamos horas nos divertindo com nossas histórias.
Relembrando tipo a vez em que ela enfezou que os nossos computadores estavam muito sujos de poeira e resolveu limpá-los. Sabe como ela limpou o teclado? Enfiou ele num tanque de roupa e esfregou com escova de lavar roupa e sabão em pó, depois pôs no sol pra secar. E não é que o danado ficou limpo e voltou a funcionar?...rzz Ou tipo a vez em que planejamos o assalto a um forno e roubamos pedaços de um delicioso bolo de chocolate que uma bruxa malvada escondia da gente...hauahuha... Ou a festa do chefe que nós fomos e no final ela me pediu pra pegar uma bandeija de salgados e levar embora, bem na frente dos convidados. E eu levei...hauahuha... Enfim, muitas loucuras vivemos juntos.
Falando em loucura, sempre que saímos para algum lugar sempre aparece um louco ou bêbado pra falar com a gente. É incrível isso! E nós sempre damos corda...rzz Acho que existe uma identificação entre os loucos e a gente.
Isso é só uma pequena amostra dessas pessoas especiais que convivem comigo. E ainda tem muito mais gente, pretendo falar deles futuramente.
Não sei porque eles gostam de mim. Mas eu sei muito bem porque eu gosto deles.
Totalmente diferentes de mim mas ao mesmo tempo somos iguais!
São únicos!
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