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Baú de ideias malucas de Rubens Torres
É demasiadamente estranho olhar para nosso passado, por mais que a gente sempre esteve conosco desde nossa origem. Há um estranhamento entorpecente, uma sequencia de questionamentos nos surge e nos deixa mais tontos que uma barata banhada em detefon.
Pensávamos diferente, agíamos diferente, falávamos diferente, tudo nos parece tão estranho, tal qual sentimos ao olhar um outro alguém. Acho que o mais assustador é saber que esse processo terá continuidade. Um dia olharei para o meu eu de hoje e também acharei estranho. Amanhã serei outro, depois de amanhã outro, mês que vem outro... E não tem fim!!
Aprendemos, apanhamos, choramos, corremos, vivemos... conjugamos todos os verbos possíveis e até mesmo alguns impossíveis e isso vai remodelando nossa matéria. Não só isso, são tantas coisas que nem consigo enumerar a natureza de todas por palavras.
É cada vez mais difícil me encarar frente a frente, encarar minha face e minha alma.Esse encontro de quem eu sou com quem me tornei e com quem eu fui é o encontro mais duro que temos nessa vida. Duro porque é difícil encarar nossa essência, o âmago do nosso espírito.
Hoje acho esse texto lindo, bonito, bem escrito... Amanhã acharei uma droga, mal escrito e raso. Falta tudo, falta estrutura, falta humanidade. O jeito é aproveitar a humanidade que sinto hoje, antes que as palavras envelheçam e meus olhos também.
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